Minha foto
Cristais Paulista, São Paulo, Brazil
Se olhares em mim verás... não sou tão má quanto pensas; apenas não sou tão corajosa como imaginas... pareço forte mais no fundo sou fraca fera porém sou bela as vezes chata mais no meu íntimo há sentimentos diversos pareço metida porém se olhares em meu semblante com seu coração verás apenas humildade calma sempre... posso até parecer solitária ... é que realmente tenho poucos amigos... a diferença é que os poucos que tenho não valem metade de um seu ... pense nisso depois me julgue lembre-se que se me julga pela aparência... sou apenas o reflexo de sua ignorância Clarice Lispector

sábado, 23 de outubro de 2010

Como ensinar nas diferenças – Não existe aluno no singular

Ao imaginarmos que quando professores iremos entrar em uma sala de aula repleta de alunos que nunca vimos antes, sendo estes alunos serem pensantes, com cultura em formação, conceitos, experiências e o mais importante que cada um é diferente do outro, cada um dentro de uma sala de aula vive de maneira diferente, constrói valores diferentes, etc. Com este ponto de vista, podemos pensar como é difícil a vida do professor, pois ele vai entrar em um território desconhecido com pessoas desconhecidas e diferentes entre si para descobrir um novo mundo, ou melhor, para realizar em conjunto um novo mundo, ampliar horizontes, descobrir novos saberes.
Para que a entrada de um professor neste mundo desconhecido não seja frustrada temos que estar ciente que para ser um professor é necessário de elaborar planos, estratégias e acima de tudo pensar que todo o seu plano ou sua estratégia pode mudar a qualquer momento, ou melhor, tem que mudar, para melhor se adequar a realidade e necessidade de seus alunos.
As diversas formas de se ensinar, como cada um tem uma melhor forma de aprender, então ao longo da carreira docente o professor têm que estar buscando constante formação, tem que ir atrás de novas maneiras de ensinar, de novos saberes, porque os seus alunos estarão sempre mudando, a cultura em que vivemos hoje, não é nem de perto igual a que vivia nossos pais quando tinham a mesma idade e até mesmo a escola passou por diversas mudanças até chegar o que está.
“O professor é quem está aberto ao aprendizado sempre. Esse processo de contato contínuo com o novo, na interação própria com o aluno, faz com que as práticas pedagógicas sejam constituídas na vivência de sala de aula, nas experiências cotidianas. Os saberes mobilizados por todos os envolvidos nos processos de ensinar e aprender, bem como os saberes diversos gerados no decorrer do próprio processo, garantem a possibilidade de desenvolvimento de um trabalho participativo e que cobra colaboração ativa dos interagentes.” (1)
É no dia- a- dia do trabalho docente que o professor tem que sentir, ver, analisar, estudar as necessidades dos seus alunos para que possa se adequar a elas, de forma que o trabalho docente se realize planamente e com sucesso. O professor tem que procurar conhecer os seus alunos, interagir com eles, trabalhar a relação professor-aluno a todo momento, para isso o docente tem que amar o que faz, estar disposto a fazer o seu trabalho da melhor maneira possível, tem que ser um profissional motivado.
No livro de Ziraldo “Uma professora muito Maluquinha”, o autor faz uma apreciação de como deve ser o trabalho docente, de uma maneira envolvente, do qual os alunos se prendem a ela e interagem fabulosamente. A história passa na década de 40, onde o ensino tradicional era o usado principalmente nas pequenas cidades do interior, onde passa a trama. Porém, a professora usa uma metodologia bem fora do comum, com idéias criativas ela encanta os alunos: soletração e desenvolvimento da escrita com competição de “forca”, rima, encontrar palavras; bilhetes na lousa para os alunos acharem os erros nele escrito; júri da disciplina, com aluno de defesa e outro na acusação para julgar o comportamento do colega; aula de leitura em silêncio; Livro novela; Rolo de papel para a agilidade na leitura em voz alta, conforme era feita a leitura o rolo ia dando mais uma frase do poema; filmes históricos no cinema (aula externa); concurso para desenvolver talentos e incentivá-los, etc.
As idéias abordadas no livro, me vez lembrar a Escola Nova, desenvolvida por Feinet e Dewey, que diz: “ todos aqueles que mesmo em outras eras atendem às condições da infância e poderiam entrar na fórmula consagrada de atender às crianças conforme seus interesses, por meio de suas atividades e de um ambiente de liberdade” ( Material de Apoio do curso de pedagogia da Unifran – página DDI 13).


Conclusão

Cada criança é única, as formas na qual os problemas de aprendizagem se manifestam está relacionada com a individualidade de quem aprende, por tanto, não existem nem causas únicas, nem tratamentos iguais. A reação de cada criança diante dos diversos fatores que intervêm na sua aprendizagem será diferente, por sua estrutura biológica, emocional e cultural. Por isso é importante conhecer a criança na sua totalidade, entender sua problemática especifica, ajudá-la a conhecer seus pontos fortes e fracos e buscar estratégias de suporte que lhe permitam ter sucesso na sua aprendizagem.


Bibliografia

Material de Apoio da Unifran
Ziraldo. Uma professora muito maluquinha. Editora melhoramentos.
(1)UFSCar. Curso de formação de Professores. São Carlos, 2009

Dificuldades de Aprendizagem

A dificuldade de aprendizagem surge quando o aluno apresenta um rendimento na área acadêmica abaixo do esperado para a sua idade, nível intelectual e o nível educativo, cujas manifestações se estendem para outras áreas da sua vida somente nos aspectos que requerem leitura, escrita e calculo.
O termo transtorno de aprendizagem descreve um transtorno neurobiológico pelo qual o cérebro humano funciona ou é estruturado de maneira diferente. Estas diferenças interferem na capacidade de pensar ou recordar. Os transtornos de aprendizagem podem afetar a habilidade da pessoa para falar, escutar, ler, escrever, soletrar, raciocinar, recordar, organizar a informação ou aprender matemática. Porém os transtornos de aprendizagem não devem ser confundidos com outras deficiências como atraso mental o autismo, a surdez, a cegueira ou os transtornos de comportamento. Nenhuma dessas deficiências constitui um transtorno de aprendizagem, mas podem sim serem relevantes neste processo de ensino-aprendizagem.
A dificuldade de aprendizagem assim como o transtorno está diretamente ligada a fatores de ordem psicopedagógicas e socioculturais. O aluno não é o culpado por não aprender, mas sim tem que ser visto a maneira em que está ensinando este aluno e como ele vive, como é sua família, suas condições financeiras e culturais.
Já os distúrbios de aprendizagem são mais característicos por ordem biológica, neurológica, intelectual, psicológica, socioeconômica e educacional. Os distúrbios da fala e da escrita podem advir de várias causas e constituem em um grande obstáculo à aprendizagem, como a dislexia, mas isso também quer dizer que os alunos estão impedidos de aprender, somente que requer um trabalho multidisciplinar para ensinar esses alunos.

Fatores que podem gerar a dificuldade de aprendizagem

 Distúrbios da fala: alteração na capacidade de entender o sentido das palavras e de empregá-lo corretamente. Pode se dizer que, ao falar de distúrbios de linguagem, encontramos que os padrões normais de aquisição da linguagem estão alterados desde os estágios precoces do desenvolvimento. São desordens do desenvolvimento que são caracterizados por déficits na compreensão ou produção, que não são explicados por uma estimulação lingüística pobre, perda auditiva, atraso mental, déficit motor ou doença neurológica.

Distúrbios da fala

Alterações da linguagem com maior incidência na área expressiva

1. Distúrbio fonético
2. Distúrbio fonológico
3. Disglosia
4. Disartria
5. Dispraxia da linguagem
6. Taquifermia
7. Disfemia
8. Disfonia

Alterações da linguagem que afetam a expressão e a compreensão

1. Atraso da linguagem
2. Disfasia
3. Afasia Infantil Congênita.

 Problemas de comportamento: São problemas apresentados pelas crianças com não conseguem se adequarem ao meio que vivem, ou sejam, apresentam falta de autocontrole, de cooperação, de boas maneiras e não conseguem se sociabilizar com facilidade.

 Falta de atenção e concentração: A atenção é uma condição básica para o funcionamento dos processos cognitivos, já que envolve a disposição neurológica para a recepção dos estímulos. Participa ativamente de toda conduta humana desde a entrada do estimulo até a resposta motora.
A atenção é o processo pelo qual são usadas distintas estratégias, de forma ordenada, para captar informações do meio. Envolve a habilidade para focalizar o tempo necessário ou mudar tal foco. A atenção está relacionada intimamente com a percepção e nos permite selecionar e hierarquizar os estímulos recebidos.
Comportamentos constatados nos alunos com distúrbios de atenção e concentração: Desatenção, hiperatividade e impulsividade.

 Raciocínio lento e dificuldade de compreensão: é a dificuldade de compreender e assimilar as informações que lhe são fornecidas, também não consegue estabelecer relações entre as várias informações recebidas e nem resolver problemas de imediatos. Está relacionado a está dificuldade o não conseguir interpretar textos, pesquisar, estudo dirigido e realizações de tarefas escolares.

 Dificuldade em memorizar conceitos: A memória é uma função cognitiva essencial, representa o conjunto de estruturas e processos cognitivos que permitem fixar, guardar e recuperar diferentes tipos de informação. Os alunos com esse dificuldade não conseguem memorizar, conceitos como quantidade, classe, número, medida, conjuntos, formas, tamanho, espessura, posição no espaço e ordem, que são indispensáveis para que o aluno realize inúmeras tarefas escolares e diárias.

 Dificuldade em expressar sentimentos e necessidades: este é um distúrbio de ordem emocional que pode estar relacionado a carências culturais, angústias, depressão, mecanismo de autopreservação e até mesmo a personalidade do aluno.

 Dificuldade de coordenação fina ou restrita: é a discriminação tátil e integração sensorial. Está diretamente ligada a escrita, pois interfere como a criança manuseia o lápis para escrever.



Conclusão


Cada criança é única, as formas na qual os problemas de aprendizagem se manifestam está relacionada com a individualidade de quem aprende, por tanto, não existem nem causas únicas, nem tratamentos iguais, não existe a criança dislexia, existe a criança que apresenta dislexia. A reação de cada criança diante dos diversos fatores que intervêm na sua aprendizagem será diferente, por sua estrutura biológica, emocional e cultural. Por isso é importante conhecer a criança na sua totalidade, entender sua problemática especifica, ajudá-la a conhecer seus pontos fortes e fracos e buscar estratégias de suporte que lhe permitam ter sucesso na sua aprendizagem.
A escola deve reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos e assegurar uma educação de qualidade, pois todas as crianças devem aprender juntas sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter.