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Cristais Paulista, São Paulo, Brazil
Se olhares em mim verás... não sou tão má quanto pensas; apenas não sou tão corajosa como imaginas... pareço forte mais no fundo sou fraca fera porém sou bela as vezes chata mais no meu íntimo há sentimentos diversos pareço metida porém se olhares em meu semblante com seu coração verás apenas humildade calma sempre... posso até parecer solitária ... é que realmente tenho poucos amigos... a diferença é que os poucos que tenho não valem metade de um seu ... pense nisso depois me julgue lembre-se que se me julga pela aparência... sou apenas o reflexo de sua ignorância Clarice Lispector

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dificuldades enfrentadas pela maioria das pessoas com surdez

A falta de audição é um problema que afeta mais de 15 milhões de pessoas no país, sendo que 350 mil pessoas nada ouçam. Para lidar com isso, temos que primeiramente entender como é a surdez, que impedimentos ela traz e o mais importante combater o preconceito e ter mais políticas públicas de atendimento, socialização, educação e divulgação.
Quando a família espera por um bebê, todos torcem para que este seja saudável, lindo, que possa se desenvolver normalmente, mas quando essa criança nasce com surdez, os pais tem que se adaptarem para poder cuidar desse bebê, no começo é tudo difícil, tanto a aceitação dos pais, como a comunicação com esse filho. Neste processo de aceitação e adaptação o bebê é pouco estimulado o que atrapalha no seu processo de desenvolvimento. O portador de surdez necessita muito de estímulos visuais e táteis para compreender o mundo a sua volta.
A surdez traz com ela problemas no desenvolvimento das relações sociais e com isso pode gerar problemas psicológicos, já que a dificuldade de se comunicar faz a pessoa se isolar. O isolamento pode acarretar em depressão.
Segundo os estudos de Vygotsky a linguagem tem um papel importante na organização das funções psicológicas superiores, pois ela é um instrumento que nós faz agir, pensar e modificar nossas relações sociais. Por isso, que quanto mais cedo for à aceitação familiar e começar o tratamento adequando, essa criança tem mais chances de desenvolver uma linguagem com a qual ela poderá se comunicar com a família e o mundo. É nos primeiros anos de vida que elas podem e devem aprender uma linguagem de sinais, com isso elas constroem uma linguagem elaborada, ficam mais atentas, receptivas e isso faz com que se tornem mais equilibradas emocionalmente.
No Brasil o diagnostico tem sido feito muito tardio, o que reflete diretamente no desenvolvimento no desenvolvimento da linguagem para os surdos. No pais poucos surdos dominam razoavelmente a língua portuguesa, o que faz que uma pequena parcela deles conseguem chegar ao nível universitário, sendo que estes que conseguiram, contaram com ajuda de recursos da família para serem alfabetizados, como professores particulares, fonoaudiólogas, além do diagnóstico precoce.
É preciso ressaltar que a importância da prevenção da surdez e o diagnostico precoce, em alguns caso é possível saber da surdez do feto no exame pré natal. Lembrando que o quanto mais cedo o surdo for estimulado de maneira correta e lhe for ensinada uma linguagem de sinais, mais chances ele terá de ter um desenvolvimento escolar e não desenvolver problemas psicológicos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Homens das cavernas eram melhores pais


Para psicóloga, técnicas modernas prejudicam bebês e crianças
Pouco calor humano, quase nenhuma exploração do meio ambiente e cada vez menos interação social. Estes são três pecados que pais modernos estão cometendo ao educar as crianças do século 21, de acordo com a psicóloga Darcia Narvaez. A professora da Universidade de Notre Dame (em Indiana, EUA) liderou três estudos que chegaram à conclusão de que os pais de hoje estão criando uma geração inteira de pessoas disfuncionais por adotarem técnicas "modernas", como deixar bebês chorando até eles se acalmarem ou obrigar as crianças a ficarem sentadas e quietas por longos períodos.
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Narvaez afirma que membros de tribos antigas eram muito melhores pais e mães. No passado, por exemplo, uma criança era criada por toda a comunidade e não apenas por seus progenitores. Além de maior interação social com os outros membros da tribo e familiares, os bebês mantinham contato físico com pessoas o tempo todo. Havia sempre alguém para carregá-los, fazer carinho e confortá-los quando choravam. Hoje, é comum os pais as deixarem sentadas e sozinhas por longos períodos em cadeirinhas e carrinhos de bebê ou ao cuidado de babás e professores.
A técnica do "choro controlado", em que as crianças são deixadas derramando lágrimas por um certo período de tempo também é condenada por Narvaez: "Cuidar das crianças de forma acalentadora, deixa o cérebro infantil tranquilo durante o tempo em que elas estão formando sua personalidade e o tipo de respostas que darão ao mundo", afirma a pesquisadora.
Para ela, outra coisa que mudou foram os tipos de brincadeiras. Jogos e atividades em grupo, em que nossos ancestrais exploravam os arredores e o meio ambiente, são cada vez mais incomuns. Brincar ao ar livre deu espaço a videogames, computadores e atividades solitárias. Estudos mostram que crianças que não passam tempo o suficiente brincando são mais propensas a desenvolver hiperatividade e problemas mentais, aponta a pesquisadora.
Tudo isso está levando a humanidade a uma verdadeira epidemia, de acordo com a psicóloga. "Há uma epidemia de ansiedade entre os jovens", diz. "Crianças que não são nutridas emocionalmente por seus pais no começo de suas vidas tendem a ser mais egocêntricas. Elas não possuem os mesmos sentimentos de compaixão que aquelas educadas por famílias carinhosas e que interagem com os pequenos".

Fonte copiada na integra:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/homens-das-cavernas-eram-melhores-pais

sábado, 23 de outubro de 2010

Como ensinar nas diferenças – Não existe aluno no singular

Ao imaginarmos que quando professores iremos entrar em uma sala de aula repleta de alunos que nunca vimos antes, sendo estes alunos serem pensantes, com cultura em formação, conceitos, experiências e o mais importante que cada um é diferente do outro, cada um dentro de uma sala de aula vive de maneira diferente, constrói valores diferentes, etc. Com este ponto de vista, podemos pensar como é difícil a vida do professor, pois ele vai entrar em um território desconhecido com pessoas desconhecidas e diferentes entre si para descobrir um novo mundo, ou melhor, para realizar em conjunto um novo mundo, ampliar horizontes, descobrir novos saberes.
Para que a entrada de um professor neste mundo desconhecido não seja frustrada temos que estar ciente que para ser um professor é necessário de elaborar planos, estratégias e acima de tudo pensar que todo o seu plano ou sua estratégia pode mudar a qualquer momento, ou melhor, tem que mudar, para melhor se adequar a realidade e necessidade de seus alunos.
As diversas formas de se ensinar, como cada um tem uma melhor forma de aprender, então ao longo da carreira docente o professor têm que estar buscando constante formação, tem que ir atrás de novas maneiras de ensinar, de novos saberes, porque os seus alunos estarão sempre mudando, a cultura em que vivemos hoje, não é nem de perto igual a que vivia nossos pais quando tinham a mesma idade e até mesmo a escola passou por diversas mudanças até chegar o que está.
“O professor é quem está aberto ao aprendizado sempre. Esse processo de contato contínuo com o novo, na interação própria com o aluno, faz com que as práticas pedagógicas sejam constituídas na vivência de sala de aula, nas experiências cotidianas. Os saberes mobilizados por todos os envolvidos nos processos de ensinar e aprender, bem como os saberes diversos gerados no decorrer do próprio processo, garantem a possibilidade de desenvolvimento de um trabalho participativo e que cobra colaboração ativa dos interagentes.” (1)
É no dia- a- dia do trabalho docente que o professor tem que sentir, ver, analisar, estudar as necessidades dos seus alunos para que possa se adequar a elas, de forma que o trabalho docente se realize planamente e com sucesso. O professor tem que procurar conhecer os seus alunos, interagir com eles, trabalhar a relação professor-aluno a todo momento, para isso o docente tem que amar o que faz, estar disposto a fazer o seu trabalho da melhor maneira possível, tem que ser um profissional motivado.
No livro de Ziraldo “Uma professora muito Maluquinha”, o autor faz uma apreciação de como deve ser o trabalho docente, de uma maneira envolvente, do qual os alunos se prendem a ela e interagem fabulosamente. A história passa na década de 40, onde o ensino tradicional era o usado principalmente nas pequenas cidades do interior, onde passa a trama. Porém, a professora usa uma metodologia bem fora do comum, com idéias criativas ela encanta os alunos: soletração e desenvolvimento da escrita com competição de “forca”, rima, encontrar palavras; bilhetes na lousa para os alunos acharem os erros nele escrito; júri da disciplina, com aluno de defesa e outro na acusação para julgar o comportamento do colega; aula de leitura em silêncio; Livro novela; Rolo de papel para a agilidade na leitura em voz alta, conforme era feita a leitura o rolo ia dando mais uma frase do poema; filmes históricos no cinema (aula externa); concurso para desenvolver talentos e incentivá-los, etc.
As idéias abordadas no livro, me vez lembrar a Escola Nova, desenvolvida por Feinet e Dewey, que diz: “ todos aqueles que mesmo em outras eras atendem às condições da infância e poderiam entrar na fórmula consagrada de atender às crianças conforme seus interesses, por meio de suas atividades e de um ambiente de liberdade” ( Material de Apoio do curso de pedagogia da Unifran – página DDI 13).


Conclusão

Cada criança é única, as formas na qual os problemas de aprendizagem se manifestam está relacionada com a individualidade de quem aprende, por tanto, não existem nem causas únicas, nem tratamentos iguais. A reação de cada criança diante dos diversos fatores que intervêm na sua aprendizagem será diferente, por sua estrutura biológica, emocional e cultural. Por isso é importante conhecer a criança na sua totalidade, entender sua problemática especifica, ajudá-la a conhecer seus pontos fortes e fracos e buscar estratégias de suporte que lhe permitam ter sucesso na sua aprendizagem.


Bibliografia

Material de Apoio da Unifran
Ziraldo. Uma professora muito maluquinha. Editora melhoramentos.
(1)UFSCar. Curso de formação de Professores. São Carlos, 2009

Dificuldades de Aprendizagem

A dificuldade de aprendizagem surge quando o aluno apresenta um rendimento na área acadêmica abaixo do esperado para a sua idade, nível intelectual e o nível educativo, cujas manifestações se estendem para outras áreas da sua vida somente nos aspectos que requerem leitura, escrita e calculo.
O termo transtorno de aprendizagem descreve um transtorno neurobiológico pelo qual o cérebro humano funciona ou é estruturado de maneira diferente. Estas diferenças interferem na capacidade de pensar ou recordar. Os transtornos de aprendizagem podem afetar a habilidade da pessoa para falar, escutar, ler, escrever, soletrar, raciocinar, recordar, organizar a informação ou aprender matemática. Porém os transtornos de aprendizagem não devem ser confundidos com outras deficiências como atraso mental o autismo, a surdez, a cegueira ou os transtornos de comportamento. Nenhuma dessas deficiências constitui um transtorno de aprendizagem, mas podem sim serem relevantes neste processo de ensino-aprendizagem.
A dificuldade de aprendizagem assim como o transtorno está diretamente ligada a fatores de ordem psicopedagógicas e socioculturais. O aluno não é o culpado por não aprender, mas sim tem que ser visto a maneira em que está ensinando este aluno e como ele vive, como é sua família, suas condições financeiras e culturais.
Já os distúrbios de aprendizagem são mais característicos por ordem biológica, neurológica, intelectual, psicológica, socioeconômica e educacional. Os distúrbios da fala e da escrita podem advir de várias causas e constituem em um grande obstáculo à aprendizagem, como a dislexia, mas isso também quer dizer que os alunos estão impedidos de aprender, somente que requer um trabalho multidisciplinar para ensinar esses alunos.

Fatores que podem gerar a dificuldade de aprendizagem

 Distúrbios da fala: alteração na capacidade de entender o sentido das palavras e de empregá-lo corretamente. Pode se dizer que, ao falar de distúrbios de linguagem, encontramos que os padrões normais de aquisição da linguagem estão alterados desde os estágios precoces do desenvolvimento. São desordens do desenvolvimento que são caracterizados por déficits na compreensão ou produção, que não são explicados por uma estimulação lingüística pobre, perda auditiva, atraso mental, déficit motor ou doença neurológica.

Distúrbios da fala

Alterações da linguagem com maior incidência na área expressiva

1. Distúrbio fonético
2. Distúrbio fonológico
3. Disglosia
4. Disartria
5. Dispraxia da linguagem
6. Taquifermia
7. Disfemia
8. Disfonia

Alterações da linguagem que afetam a expressão e a compreensão

1. Atraso da linguagem
2. Disfasia
3. Afasia Infantil Congênita.

 Problemas de comportamento: São problemas apresentados pelas crianças com não conseguem se adequarem ao meio que vivem, ou sejam, apresentam falta de autocontrole, de cooperação, de boas maneiras e não conseguem se sociabilizar com facilidade.

 Falta de atenção e concentração: A atenção é uma condição básica para o funcionamento dos processos cognitivos, já que envolve a disposição neurológica para a recepção dos estímulos. Participa ativamente de toda conduta humana desde a entrada do estimulo até a resposta motora.
A atenção é o processo pelo qual são usadas distintas estratégias, de forma ordenada, para captar informações do meio. Envolve a habilidade para focalizar o tempo necessário ou mudar tal foco. A atenção está relacionada intimamente com a percepção e nos permite selecionar e hierarquizar os estímulos recebidos.
Comportamentos constatados nos alunos com distúrbios de atenção e concentração: Desatenção, hiperatividade e impulsividade.

 Raciocínio lento e dificuldade de compreensão: é a dificuldade de compreender e assimilar as informações que lhe são fornecidas, também não consegue estabelecer relações entre as várias informações recebidas e nem resolver problemas de imediatos. Está relacionado a está dificuldade o não conseguir interpretar textos, pesquisar, estudo dirigido e realizações de tarefas escolares.

 Dificuldade em memorizar conceitos: A memória é uma função cognitiva essencial, representa o conjunto de estruturas e processos cognitivos que permitem fixar, guardar e recuperar diferentes tipos de informação. Os alunos com esse dificuldade não conseguem memorizar, conceitos como quantidade, classe, número, medida, conjuntos, formas, tamanho, espessura, posição no espaço e ordem, que são indispensáveis para que o aluno realize inúmeras tarefas escolares e diárias.

 Dificuldade em expressar sentimentos e necessidades: este é um distúrbio de ordem emocional que pode estar relacionado a carências culturais, angústias, depressão, mecanismo de autopreservação e até mesmo a personalidade do aluno.

 Dificuldade de coordenação fina ou restrita: é a discriminação tátil e integração sensorial. Está diretamente ligada a escrita, pois interfere como a criança manuseia o lápis para escrever.



Conclusão


Cada criança é única, as formas na qual os problemas de aprendizagem se manifestam está relacionada com a individualidade de quem aprende, por tanto, não existem nem causas únicas, nem tratamentos iguais, não existe a criança dislexia, existe a criança que apresenta dislexia. A reação de cada criança diante dos diversos fatores que intervêm na sua aprendizagem será diferente, por sua estrutura biológica, emocional e cultural. Por isso é importante conhecer a criança na sua totalidade, entender sua problemática especifica, ajudá-la a conhecer seus pontos fortes e fracos e buscar estratégias de suporte que lhe permitam ter sucesso na sua aprendizagem.
A escola deve reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos e assegurar uma educação de qualidade, pois todas as crianças devem aprender juntas sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Atitude do bem!!!!!!!


Lacoste doa meio milhão de dólares para preservar crocodilos
A grife Lacoste vai doar meio milhão de dólares pelos próximos três anos para ajudar na preservação dos crocodilos, animais que são o tradicional ícone da marca.

Pioneira no mundo da moda em estampar um logotipo nas peças, há 75 anos, a grife é também a primeira a abraçar a campanha Save Your Logo, criada pela União Internacional de Conservação da Natureza.

“Queremos dar um pouco para nosso icônico crocodilo – a quem nós devemos tanto – de tudo que ele já nos proporcionou", disse Michael Lacoste, presidente da grife, ao site WWD.
Fonte: http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/estilo/2010/01/03/234318-lacoste-doa-meio-milhao-de-dolares-para-preservar-crocodilos

A Fábula do Porco-espinho


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História

O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

Correr pode ajudar a melhorar o funcionamento do cérebro, aponta estudo

21 de janeiro de 2010 (Bibliomed). A corrida pode fazer mais do que melhorar seu condicionamento físico e cardiovascular. Segundo estudo recentemente publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, esse exercício pode ter um impacto significativo na função cerebral, melhorando o aprendizado e a memória.
Em testes com ratos, os cientistas observaram que os roedores que, voluntariamente, corriam nas rodinhas apresentavam maior número de células cerebrais e tinham melhor desempenho em testes de aprendizado espacial do que os animais que não se exercitavam. De acordo com os pesquisadores, a corrida tem efeito profundo no hipocampo é área do cérebro responsável pelo aprendizado e pela memória.
O aprendizado espacial é a habilidade de se deslocar em um lugar desconhecido ou de falar a diferença entre dois padrões, enquanto a memória espacial se refere é capacidade de se lembrar da localização ou disposição de objetos no espaço. No caso da pesquisa, os cientistas descobriram que os ratos mais fisicamente ativos tinham uma melhora considerável no aprendizado, sendo mais capazes de perceber a diferença entre os locais de dois estímulos adjacentes idênticos.
De acordo com os autores, essa habilidade demonstrada pelos ratos que corriam nas rodinhas estava intimamente associada com um aumento no crescimento de novas células no hipocampo. Experiências atuais com ratos têm demonstrado repetidamente que correr aumenta o número de novas células cerebrais nesta área, ao contrário da crença que vigorou até o final dos anos 1990, de que não haveria o crescimento de novas células cerebrais após o nascimento.
Atualmente, as crescentes evidências continuam a revelar que o exercício provoca significativas alterações fisiológicas e estruturais no cérebro que são benéficas para a função cognitiva, concluíram os autores, recomendando a prática regular de atividades físicas.
Fonte: PNAS Early Edition. 19 de janeiro de 2010.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nunca diga nunca!

Nunca é tarde demais para começar de novo, um novo projeto ou até mesmo traçar um novo objetivo.
Lembro-me de quando era criança e sonhava ser tanta coisa, modelo, bombeira, médica, professora, bióloga, policial, etc. Mas tudo tinha um sentindo, queria ajudar a melhorar a vida de todos que estavam em minha volta, queria que acima de tudo os meus pais tivessem orgulho de mim.
Mas conforme eu fui crescendo a vida foi me levando a fazer escolhas e quando dei por mim estava com quase 30 anos e e não tão feliz profissionalmente como achava que seria e ainda sem saber direito o que quero fazer, é como se faltasse alguma coisa ainda.
Acho que não sou só eu que vive esse dilema, ao se tornar adultos agimos de forma estranha, nós mesmos não nos entendemos mais. A vida passa a correr mais depressa e tudo aquilo que achamos que era importante quando criança não damos mais importância agora. É como se os valores mudassem totalmente.
Pois eu quero voltar a pensar como criança, ter aquela ingenuidade e pensar que minhas ações podem e devem ser para mudar o mundo. Quero poder traçar novos caminhos, fazer novas escolhas e me transformar e um adulto melhor.
Não me sinto velha para mudar, alias nunca é tarde de mais para começar tudo de novo.

As faces da insegurança

Para uns, ela age como um raio paralisador, que impede qualquer tipo de decisão. Para outros, é um combustível que espalha adrenalina e a vontade de superar os próprios medos e limites. Se essas duas visões parecem muitos radicais para você, indicamos a trilha do meio
por Patrícia Affonso

Não importa se você é alto ou baixo, gordo ou magro, se é chefe ou subordinado, rico ou pobre. Vez ou outra, até mesmo a mais corajosa e sábia das criaturas sente-se acuada e gostaria (se o orgulho permitisse) de pedir colo e só sair dele quando aquele medo resolvesse ir embora, para assombrar outras bandas.
Nisso todo mundo é igual: ninguém está imune à insegurança. Afinal, no mundo em que vivemos nada é permanente. Perceba que é exatamente quando nos sentimos absolutamente certos de algo que o destino, com um toque de cinismo e traquinagem, muda todo o rumo das coisas. "E agora, para onde vou?". "O que faço para resolver isso?".
"Qual é a melhor saída?". Surge um cem número de perguntas. As respostas, por sua vez, parecem ter se escondido. E é dessas dúvidas que se alimenta o monstrinho da insegurança. Acontece que, se nos deixamos abater e não to- mamos as rédeas da situação, ele cresce, cresce, cresce e nós, de tão assustados, vamos ficando pequenininhos, indefesos, inativos.
Os dias passam e nos vemos reféns dos mesmos dilemas. E quem é que pode se dar ao luxo de ficar por dias parado em um mesmo ponto com essa loucura que é a rotina atual? São tantos problemas a solucionar... Mas nada de desespero! O intuito dessa reportagem não é aumentar o seu assombro, muito pelo contrário.
Temos uma boa notícia: seja ela fruto dos tenebrosos barulhos do trovão ou das incertezas que representam uma mudança de emprego, dá, sim, para vencer a insegurança e, o melhor: tirar proveito dela.
Sensação de incapacidade
Cada pessoa representa um universo diferente e, por isso, as situações que causam insegurança também são muito distintas para cada um de nós. "No geral, porém, a insegurança representa uma sensação de incapacidade quanto ao de- sempenho diante de alguma área de nossa vida, seja profissional, afetiva ou social.
O inseguro acredita que não se sairá bem nos papéis que lhe são propostos", diz Lílian Sharovsky, professora do curso de Psicologia das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), de São Paulo. Não há regra. O que causa medo em você pode parecer uma grande bobagem para o outro e vice-versa. Isso porque as pessoas possuem personalidades e aptidões próprias para lidar
Xô, medo!
Existem situações recorrentes em que a insegurança é presença quase garantida. Separamos algumas dicas preciosas para você iniciar essa reviravolta:
Se você já percebeu que certas circunstâncias o deixam acuado, está na hora de reverter o quadro. Como? Prepare-se para isso: estude mais, se conheça melhor, retome o controle da situação. Não dá para ser pego desprevenido por situações parecidas o tempo todo. E o pior: virar refém delas.
Experimente se martirizar menos e agir mais. Quando estamos assustados, costumamos protelar as decisões o máximo que pudermos. O resultado? O sentimento de insegurança só tende a se prolongar mais e mais. Analise a situação e tome uma atitude. Essa pode ser uma boa solução para espantar a angústia que acompanha a indecisão e a insegurança.
Diminua o ritmo. Sabe aquela história de que, às vezes, menos é mais? Pois ela é muito sábia. Não adianta se comprometer em fazer mil coisas, realizá-las de qualquer jeito e, depois, temer as consequências. Mais qualidade, menos quantidade.
Cobre-se menos. As pessoas vivem uma busca ilusória pela perfeição. Não precisamos disso. Somos humanos, imperfeitos e, assim, podemos sim errar. Ufa! O importante é reconhecer as áreas passíveis de melhoras e trabalhá-las com dedicação.
Aceite seus limites. Não dá para ser excelente em tudo, nem dar conta de todas as demandas impostas, sempre. Quando você tirar essa responsabilidade das suas costas, se sentirá muito mais leve e feliz.com determinados assuntos. A escola é um bom exemplo disso.
Você se lembra de como suava frio enquanto resolvia as questões de matemática e, em contrapartida, respondia com facilidade e até prazer à prova de biologia? (ou vice-versa)A insegurança floresce justamente em áreas que são mais obscuras para nós, aquelas que não dominamos. Aliás, está aí um grande ponto: o desconhecido é, geralmente, o terreno mais fértil para aquela voz que ecoa dentro de nós, dizendo que não vamos conseguir.
Questão que vem de berço
Muitas vezes, o problema tem início na infância, quando dependemos totalmente do outro para suprir nossas necessidades, até mesmo a mais básica delas: a sobrevivência. "A criança precisa crer que o ambiente, que a princípio é representado pela sua mãe, proverá tudo o que ela necessita para sobreviver: alimentação, higiene, cuidados gerais.
É nessa fase que nasce nosso sentimento de confiança", pondera a psicóloga Claudia Stella, docente do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo. Nesse caso, também não há regras ou unanimidades. Há pessoas que crescem sobre essas condições e, munidas de determinação e coragem, conseguem reverter o quadro desfavorável e tornam-se altamente confiantes. O oposto também acontece.
Sabe aquela história do pequeno que foi cercado de mimos e preocupações e, quando tem de andar com as próprias pernas não sabe o que fazer? "Um ambiente exageradamente facilitador pode impedir a criança de desenvolver suas potencialidades e prejudicar seu desempenho nas fases seguintes", completa Lílian Sharovsky.
O desconhecido é, geralmente, o terreno mais fértil para aquela voz que ecoa dentro de nós, dizendo que não vamos conseguir
Uma faca de dois gumes
Quando a segurança oscila, boa parte das pessoas reage da seguinte maneira: com medo de optar pelo caminho errado, permanece paralisada, prorrogando ao máximo a decisão necessária. Isso traz uma série de problemas: cobranças, pressão (própria e dos outros), atrasos e sobrecargas. Mas nem sempre é assim. Existem também aqueles que gostam de viver perigosamente e sentem-se estimulados pela presença da insegurança.
"Esses reconhecem o receio como um desafio para enfrentar e conhecer melhor seus limites. Se bem aplicada, essa visão pode ser proveitosa, pois desenvolve a habilidade de lidar com situações novas e a possibilidade de desenvolver aptidões até então desconhecidas", opina a professora Claudia Stella. Qual dos dois perfis é melhor? A resposta é uma combinação deles. Um se destaca pela cautela, o outro pela proatividade, duas características fundamentais para o sucesso.
Analisando o terreno
Engana-se quem pensa que aquele friozinho no estômago não traz nenhuma mensagem importante. O lado bom da insegurança é que ela nos faz refletir melhor sobre determinado fato e as ferramentas que temos para enfrentá-lo. "Faz bem quem utiliza esse sentimento como sinalizador para se aprimorar em áreas em que se considera despreparada.
Isso torna a pessoa cautelosa e exigente, o que ajuda a obter um resultado mais satisfatório", diz Lílian Sharovsky. Mas calma lá! Nada de confundir aperfeiçoamento com perfeccionismo exagerado. Ninguém que se aventura em uma nova área começa já sabendo tudo. É um processo gradativo, um degrauzinho por vez. Em vez de se cobrar, comemore cada subida e não se zangue por perceber que algo poderia ter saído melhor.
Se analisar a trajetória dos grandes sábios, você vai perceber que eles seguiam a teoria de que quanto mais aprendemos, mais descobrimos o quanto temos a aprender. É o combustível da vida: desvendar o novo, crescer, tornar-se alguém melhor. Deixe-se encantar por isso e logo vai perceber o quanto é reconfortante livrar-se do peso da perfeição que, cá entre nós, é parceira fiel da insegurança e muitas vezes nos impede de vencer, pelo simples medo de fracassar.
Fonte: Revista Vida Natural

A angústia da perda da identidade na sexualidade


Com certa regularidade, pelo meu exercício profissional, deparo-me com a angústia em suas diversas manifestações e conteúdos. Nesse artigo, reporto-me à angústia que pode vir a ser desencadeada por experiências sexuais, qual seja: o medo da perda da individualidade, ou em outro termo, o medo da perda das próprias fronteiras subjetivas. Assim, a cada encontro/união sexual pode ocorrer-nos a sensação da dissolução da nossa individualidade. Entende-se aqui individualidade no sentido de "eu", uma identidade sexual definida como homem ou mulher, expressa por uma personalidade afirmada, amadurecida. A nossa individualidade surge progressivamente, por meio do nosso desenvolvimento, distinguindo-nos das outras pessoas. Trata-se também de pensarmos antropologicamente a individualidade, como sendo um dos valores da nossa cultura ocidental. Somos indivíduos, indivisíveis, e, nessa nossa condição, ocorre-nos algumas vezes a dificuldade de participação/partilha com o outro.

A respeito das possíveis dificuldades sexus femininas, a literatura fartamente comenta arte das fantasias inconscientes, as que poeriam afetar a plena satisfação sexual das mulheres¹. Escreveu-se muito também sobre a já tão desgastada discussão sobre o orgasmo clitoriano ou vaginal, que aqui nos absteremos de comentar por não se tratar do objeto da nossa reflexão.

Quanto à sexualidade masculina, convém lembrarmo-nos de Wilhelm Reich, que distingue o orgasmo da ejaculação², e Freud em Três contribuições à teoria do amor , em cuja obra, resguardada a devida distância, refere-se à impotência psíquica (que não se relaciona à impotência física) comum a alguns homens, que dissociam o sexo do amor, e assim tornam-se incapazes da felicidade sexual plena com as mulheres que amam, tendendo a depreciarem as mulheres desejadas. Num deslizamento à literatura portuguesa, temos Camilo Castelo Branco no romance Amor de salvação, que faz o seu protagonista dividir-se entre dois amores, a esposa e a amante, ilustrando bem Freud no opúsculo citado.

Percebemos que a angústia que o ato sexual pode suscitar refere-se ao quanto de entrega emocional-sexual cada sujeito se permite, pois, entregar-se ao gozo sexual é entregar-se a algo que escapa, a algo que não é apreensível por meio das palavras... Que está aquém de toda palavra (a experiência erótica é um mergulho no espaço arcaico da nossa subjetividade, espaço este anterior à linguagem). Resultante disso é a ameaça sentida pelos amantes da perda dos limites da própria individualidade pelo escambo afetivo com o outro. Afinal, foi a custo de muito sofrimento e lágrimas que se deu para cada um deles a separação da estreita união com a mãe, na passagem à condição de sujeitos. Daí o medo da dissolução da identidade diante das forças "mágico-demoníacas" do corpo, quando do entrelaçamento do corpo de um ao corpo do outro, atados que parecem estar por correntes imaginárias um ao outro, numa formação andrógina. O amor e a sexualidade transportam os amantes às regiões primitivas do ser, mobilizando experiências inconscientes, fazendo-os temer ou até mesmo desejar tal entrelaçamento, daí a fonte da angústia e da defesa de homens e mulheres na experiência do prazer sexual.
Trazemos de maneira inconsciente a saudade à vivência da não divisão. Saudades da experiência de termos sido indivisos. Pelo erotismo nos aproximamos desse estado de gozo, de plenitude. Aproximamo-nos, mas do paraíso primitivo fomos expulsos, para entrarmos no domínio da linguagem, que é a nossa condição de possibilidade, para escrevermos nossas histórias de amor e desejo ao lado de outrem.

Fonte: Revista filosofia, texto de Augusta Cristina de Souza Novaes é ex-aluna do colégio Sagrado Coração de Jesus de Belo Horizonte, é psicanalista, bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestre em Letras com ênfase em literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. (novaesaugusta@ig.com.br)

Tratamento de psicose é mais rápido perto da família

Pesquisadora acompanhou 200 pacientes em busca de fatores de risco
Morar com parentes próximos faz com que pessoas com transtornos psicóticos procurem serviços de saúde mental mais rapidamente(em média 4,1 semanas depois dos primeiros sintomas da doença) do que os que moram longe dos familiares, segundo dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) pela terapeuta ocupacional Alexandra Martini de Oliveira.
A pesquisadora acompanhou 200 pacientes residentes na capital paulista, em busca de fatores de risco que influenciam o tratamento desses distúrbios caracterizados por delírios, alucinações e, em alguns casos, desorganização do pensamento e da fala. Os resultados mostraram também que os indivíduos que não trabalhavam demoravam duas vezes mais para procurar os serviços de saúde do que os que tinham ocupação. Segundo a autora, as evidências mostram a importância da família e dos círculos sociais para a procura de tratamento.
Fonte: Revista Mente e Cérebro

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ano Novo!! Novos Projetos!!


Desculpe por ter ficado um bom tempo sem postagens, esse final de ano foi bem tumultuado. Porém vamos lá, ano novo, novos projetos pela frente, inclusive no blog.
Quero postar com mais freqüência e escrever noticias sobre educação (como já vinha fazendo), mas com um foco mais prático, ou seja, escrever através de experiências vividas no meu cotidiano. Além disso, pretendo continuar postando noticias sobre comportamento que acho interessantes e falar um pouco mais sobre coisas que vejo e sinto.
Obrigada por estar lendo este blog e aceito a sua sugestão sempre.
Feliz Ano Novo!